Association between bats (Mammalia: Chiroptera) and bat flies (Streblidae, Hippoboscoidea) from urban fragments of Amazon

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In the Diptera order, there are two families that are obligatory parasites of bats: Streblidae and Nycteribiidae. These flies have a viviparous adenotrophic reproduction cycle and are highly dependent on roost fidelity. Studies investigating parasite-host association patterns for these groups have gained momentum and are important because bats are animals that provide significant ecological services to the environment and are sensitive to habitat alterations, which can influence the parasitism cycle. Despite the great diversity of bat species in the Amazon, little is known about the parasitic association patterns of these groups. Therefore, we aim to expand knowledge about the parasite-host relationships and parasitic indices values between bats and flies, as well as describe the Streblidae and Chiroptera communities in forest remnants within the urban perimeter of the municipality of Altamira, PA. Bats were sampled from three urban fragments within the municipality between August 2018 and July 2019. A total of 465 bat specimens and 629 ectoparasitic flies, all belonging to the Streblidae family, were sampled. Among the found infracommunities, the most frequent was Trichobius dugesioides on Carollia perspicilata, which also had the highest prevalence. There was no difference in infestation intensity values between the collection points, possibly due to similar anthropogenic influences on the environments, resulting in roost infidelity and influencing the specificity results. We found that 65% of the flies were considered nonspecific parasites, while only 25% were considered monoxenous, and Megistopoda proxima was considered oligoxenous for the genus Artibeus.


Associação entre morcegos (Mammalia: Chiroptera) e moscas de morcegos (Streblidae, Hippoboscoidea) de fragmentos urbanos na Amazônia. Na ordem Diptera, existem duas famílias que são parasitas obrigatórios de morcegos: Streblidae e Nycteribiidae. Estas moscas têm um ciclo de reprodução adenotrófico vivíparo e são altamente dependentes da fidelidade ao poleiro. Estudos investigando padrões de associação parasita-hospedeiro para esses grupos ganharam força e são importantes porque os morcegos são animais que prestam serviços ecológicos significativos ao meio ambiente e são sensíveis às alterações do habitat, que podem influenciar o ciclo do parasitismo. Apesar da grande diversidade de espécies de morcegos na Amazônia, pouco se sabe sobre os padrões de associação parasitária desses grupos. Portanto, objetivamos ampliar o conhecimento sobre as relações parasito-hospedeiro e os valores dos índices parasitários entre morcegos e moscas, bem como descrever a comunidade de Streblidae e Chiroptera em remanescentes florestais no perímetro urbano do município de Altamira-PA. Morcegos foram amostrados em três fragmentos urbanos do município, entre agosto de 2018 e julho de 2019. Foram amostrados 465 espécimes de morcegos e 629 moscas ectoparasitas, todas pertencentes à família Streblidae. Dentre as infracomunidades encontradas, a mais frequente foi Trichobius dugesioides em Carollia perspicilata, que também apresentou a maior prevalência. Não houve diferença nos valores de intensidade de infestação entre os pontos de coleta, possivelmente devido a influências antrópicas semelhantes nos ambientes, resultando em infidelidade do poleiro e influenciando nos resultados de especificidade. Constatamos que 65% das moscas foram consideradas parasitos inespecíficos, enquanto apenas 25% foram consideradas monoxenos, e Megistopoda proxima foi considerada oligoxenous para o gênero Artibeus.

Graphical abstract for the article “Association between bats (Mammalia: Chiroptera) and bat flies (Streblidae, Hippoboscoidea) from urban fragments of Amazon” (Bernardi Vieira et al., 2024)

Natural roosts used by bats in Central Amazonia, Brazil

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Some bat species use leaves or trees to roost during the day and the Stenodermatinae species are known to build tents in leaves of specific plant species. Tent-roosting bat species and Emballonuridae bats have a widespread geographic distribution in the Amazon region, but it can be diffcult to find these bats perched in roosts due to changes in the availability of food and the low durability of the tents. Here, we describe the type of roost, tent architecture and plant species used by Uroderma bilobatum, Mesophylla macconnelli, and Saccopteryx leptura in a fragmented landscape in Brazilian Amazonia.


Abrigos naturais usados pelos morcegos na Amazônia Central, Brasil. Algumas espécies de morcegos usam folhas e árvores para se abrigarem durante o dia e as espécies de Stenodermatinae são conhecidas por construírem tendas em folhas de plantas específicas. Espécies que se abrigam em tendas e os morcegos emballonurídeos tem uma ampla distribuição geográfica na região Amazônica, mas pode ser difícil encontrar estes morcegos empoleirados nos abrigos devido às mudanças na disponibilidade de alimento e a baixa durabilidade das tendas. Nós descrevemos o tipo e a arquitetura do abrigo e as espécies de plantas usadas por Uroderma bilobatum, Mesophylla macconnelli e Saccopteryx leptura em uma paisagem fragmentada na Amazônia Brasileira.

Graphical abstract for the article “Natural roosts used by bats in Central Amazonia, Brazil” (da Cunha Tavares et al., 2021)

Notes on the western black-handed tamarin, Saguinus niger (É. Geoffroy, 1803) (Primates) from an Amazonia-Cerrado ecotone in central-western Brazil: new data on its southern limits

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The western black tamarin, Saguinus niger, is an endemic Brazilian primate currently classified as Vulnerable by the Brazilian environmental authorities. In this paper, we report two new records from an Amazonia-Cerrado ecotone that extend the range of the species further south to the Brazilian state of Mato Grosso. Additionally, we obtained an ecological niche model (ENM) for S. niger using eight climatic variables. The results of the ENM analysis suggest that the species is strongly associated with lowland areas where the temperature does not vary significantly among seasons. We also point out that the Araguaia, Tapirapé, and Comandante Fontoura rivers may act, along with open Cerrado formations and more seasonal climate, as southern barriers. The absence of protected areas in the southern part of its range, in combination with the intense deforestation that southeastern Amazonia faces, casts doubts on the continued presence of this and other forest-dependent species in the region.


Notas sobre o sauim-preto, Saguinus niger (É. Geoffroy, 1803) (Primates), em uma área de ecótono Amazônia-Cerrado no centro-oeste do Brasil: novos dados sobre seus limites austrais. O sauim amazônico Saguinus niger é um primata endêmico do Brasil, atualmente classificado como vulnerável na lista brasileira de espécies ameaçadas. Neste estudo, reportamos dois novos registros para uma área ecotonal entre Amazônia e Cerrado estendendo a distribuição da espécie ao sul para o estado de Mato Grosso. Adicionalmente, utilizamos modelagem de nicho ecológico (MNE) utilizando oito variáveis climáticas. O resultado da MNE sugere que a espécie está fortemente associada às áreas baixas onde temperaturas não variam significantemente ao longo das estações do ano. Sugerimos que os rios Araguaia, Tapirapé e Comandante Fontoura juntamente com a formação aberta do Cerrado e um clima mais sazonal podem ser barreiras de dispersão ao sul para espécie. Além disso, a inexistência de áreas protegidas ao sul da distribuição em combinação com intenso desflorestamento põe em dúvida a presença da espécie nesta região no longo prazo.