Temporal and spatial patterns of the long-range calls of maned wolves (Chrysocyon brachyurus)
Luane S. Ferreira, Luciana H.S. Rocha, Danielly Duarte, Edvaldo Neto, Júlio E. Baumgarten, Flávio H.G. Rodrigues, Renata S. Sousa-LimaPassive acoustic monitoring can aid conservation efforts and elucidate the behavior and ecology of nocturnal/crepuscular secretive species, like the maned wolf. Here we characterize the seasonal, lunar, and nightly patterns in the long-range vocalizations (roar-barks) of free ranging maned wolves at Serra da Canastra National Park (Brazil) throughout eight months of recordings over two years with a grid of 12/13 autonomous recorders. We found an increase in vocal activity coinciding with the mating and the circa-parturition period of the species. Those peaks indicate a role of roar-barks in partner attraction and mate guarding, and in intra-familiar-group communication. Vocal activity happened throughout all recorded periods and was much higher at some sites than at others, suggesting that roar-barks also function to announce territorial ownership and defense. Maned wolves vocalize more around the waxing gibbous lunar phase, and after dusk until mid-night. Moonlight likely reduces foraging time, resulting in more time available to communicate acoustically, while vocalizations early on the onset of activity suggest a territorial announcement function. Group vocalizations did not always follow the general vocal activity pattern, which suggests that social events may require: immediate response, as territorial contests; and/or simultaneous location of animals, as mate guarding, and joint territorial defense. Based on spatial patterns, we estimate between 6 and 11 individuals contributed to the recordings.
Padrões espaciais e temporais dos chamados de longa distância de lobos-guará (Chrysocyon brachyurus). O monitoramento acústico passivo pode ajudar nos esforços para conservação e elucidar o comportamento e ecologia de espécies evasivas noturno-crepusculares, como o lobo-guará. Aqui nós caracterizamos os padrões sazonais, lunares e nictemerais nas vocalizações de longo alcance (aulidos) de lobos-guará de vida livre no Parque Nacional da Serra da Canastra (Brasil) através de oito meses de gravações ao longo de dois anos com uma rede de 12/13 gravadores autônomos. Nós descobrimos um aumento na atividade vocal coincidindo com a estação de acasalamento e o período em torno do parto. Esses picos indicam que os aulidos têm um papel na atração e guarda de parceiros e na comunicação intra grupo familiar. Houve atividade vocal durante todo o período amostral e mais em alguns locais do que em outros, sugerindo que aulidos também funcionam para anúncio e defesa territorial. Lobos-guará vocalizam mais na Lua crescente gibosa e depois do anoitecer até meia-noite. A luz da Lua provavelmente reduz o tempo de forrageio, resultando em mais tempo disponível para comunicação acústica, enquanto vocalizações logo no início da atividade sugerem uma função de anúncio territorial. Vocalizações de grupo nem sempre seguiram o padrão geral de atividade vocal, sugerindo que eventos sociais requerem: resposta imediata, como disputas territoriais; e/ou localização simultânea dos animais, como para guarda de parceiro e defesa territorial conjunta. Baseado nos padrões espaciais, nós estimamos que entre 6 e 11 animais contribuíram para as gravações.