You say goodbye, and I say hello: the giant anteater (Myrmecophaga tridactyla) activity pattern in response to temperature and human presence
P.B. Petrazzini, Ludmilla M.S. AguiarMammals modulate patterns of activity and habitat use in response to local biotic and abiotic factors. The giant anteater (Myrmecophaga tridactyla) presents cathemeral activity. That is, it adjusts to the daily temperature conditions in a protected area in Central Brazil. We tested the hypothesis that the giant anteater may be avoiding the extreme temperatures of the Brazilian Cerrado displaying more significant twilight activity (milder hours), avoiding being exposed during unfavorable hours of the day, and losing or overheating. We also tested whether the anteaters avoid being active during the day, reducing encounters with humans. The protected area is inserted in a highly disturbed landscape, experiencing anthropic pressure within and around it. The description of the giant anteater’s activity pattern in the protection area was carried out by analyzing photos obtained by camera traps from March to June 2018. The average temperature was 19.3 °C during the study period, ranging from 6.7 °C to 31.5 °C. The giant anteater showed a pattern of nocturnal and twilight activity, while humans showed exclusively daytime activity. The dissimilarity observed between the giant anteater’s activity pattern and human activity supports the hypothesis that there is an influence of the risk of predation on the temporal activity of this species. We recorded several invasions of humans and dogs in restricted areas during the day. These results show the influence of anthropogenic factors on the anteater’s behavior in the study area. However, this pattern can be favorable to the conservation of the population by reducing the likelihood of agonistic encounters with humans and dogs. We recommend long-term studies and evaluation of temporal overlap with dogs to better understand the patterns observed.
Você diz adeus, e eu digo olá: padrão de atividade do tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) em uma área com perturbação humana. Os mamíferos modulam os padrões de atividade e uso de habitat em resposta aos fatores bióticos e abióticos locais. O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é uma espécie de atividade catemeral, ou seja, se ajusta às condições de temperatura diária em área protegida no Brasil Central. Testamos a hipótese do tamanduá-bandeira evitando as temperaturas extremas do Cerrado brasileiro com maior atividade crepuscular (horas mais amenas). Testamos também se o tamanduá evita estar ativo durante o dia, reduzindo encontros com humanos. A área protegida está inserida em uma paisagem altamente perturbada, sofrendo pressões antrópicas dentro e em seu entorno. A descrição do padrão de atividade do tamanduá-bandeira na área de proteção foi realizada por meio da análise de fotos obtidas por armadilhas fotográficas, no período de março a junho de 2018. Durante o período de estudo, a temperatura média foi de 19,3 °C, variando de 6,7 °C a 31,5 °C. O tamanduá-bandeira mostrou padrão de atividade noturna e crepuscular, enquanto humanos mostraram atividade exclusivamente diurna. A dissimilaridade observada entre o padrão de atividade do tamanduá-bandeira com a atividade humana apoia a hipótese da existência de influência do risco de predação na atividade temporal dessa espécie. Registramos diversas invasões de humanos e cães em áreas restritas durante o dia. Esses resultados mostram a influência de fatores antrópicos no comportamento do tamanduá na área de estudo. Esse padrão pode, no entanto, ser favorável à conservação da população ao reduzir a probabilidade de encontros agonísticos com humanos e cães. Recomendamos estudos de longo prazo e avaliação da sobreposição temporal com cães para melhor compreensão dos padrões observados.