Autor: Marcione Brito de Oliveira
Marcione B. Oliveira
Composition and frequency of capture of bat assemblages in a landscape mosaic in northern Pantanal, Mato Grosso, Brazil
Marcione Brito de Oliveira, Martha Lima Brandão, José L. Passos Cordeiro, Luiz F. Barbosa de Oliveira, Adriano L. PeracchiInfluence of landscape patches on species richness and frequency of bats was evaluated in a cattle ranch in northern Pantanal wetland. Besides the lack of information on bats in areas modified by ranching, land use and the seasonal flooding in the Pantanal wetland certainly affects bat fauna composition. Twenty-seven (27) species were captured, distributed in five families. Phyllostomidae predominated with 16 species, followed by Vespertilionidae with five species. Species richness and frequency of captures varied according to the landscape mosaic, presenting positive association to less altered areas. Species more sensitive to environmental disturbances were captured in the most conserved areas, associated to palm forests (acuri palm forest; Scheelea phalerata, acuri palm tree) and flooded forest (cambará forest; Vochysia divergens). Our data suggest that even vegetation units in extensively deforested areas are valuable for the maintenance of some species of bats, either because they offer many of the resources they need or because they are spatially arranged in order to facilitate the joint use of the landscape patches.
Composição e frequência de captura de assembleias de morcegos em um mosaico da paisagem no Norte do Pantanal, Mato Grosso, Brasil. A influência das manchas da paisagem sobre a riqueza e frequência de captura de quirópteros foi avaliada em uma fazenda de gado no norte do Pantanal. A falta de informações sobre os quirópteros em áreas modificadas pela pecuária, o uso da terra e as inundações estacionais no Pantanal certamente são fatores que limitam o entendimento da composição da quiropterofauna da região. Foram capturadas 27 espécies, distribuídas em cinco famílias. Phyllostomidae predominou com 16 espécies, seguido por Vespertilionidae com cinco espécies. A riqueza de espécies e a frequência das capturas variaram de acordo com o mosaico da paisagem, apresentando associação positiva a áreas menos alteradas. Espécies consideradas mais sensíveis a distúrbios ambientais foram capturadas nas áreas mais conservadas, associadas a florestas de palmeiras (floresta de acuri; Scheelea phalerata, palmeira de acuri) e florestas inundadas (floresta de cambará; Vochysia divergens). Os dados sugerem que mesmo unidades de vegetação em extensas áreas desflorestadas são valiosas para a manutenção de algumas espécies de quirópteros, seja por oferecerem muitos dos recursos que necessitam ou por estarem espacialmente dispostos de forma a facilitar a utilização conjunta das manchas da paisagem.
First record of Lonchophylla bokermanni (Chiroptera, Phyllostomidae) for the Caatinga biome
Vinícius C. Cláudio, Gustavo C. Silveira, Solange G. Farias, Andrea S. Maas, Marcione Brito de Oliveira, Marina J. Lapenta, Martín R. Álvarez, Daniela Dias, Ricardo MoratelliLonchophylla bokermanni is known from three localities in the southern portion of the Serra do Espinhaço, all located in the Cerrado of Minas Gerais. Based on recent material from two localities in the Caatinga of Bahia, northeastern Brazil, we report the species occurrence in the northern portion of Serra do Espinhaço. These new records extend the species distribution by more than 840 km and represent the first records of L. bokermanni in the Caatinga biome. The localities we report here are under severe anthropic pressure, and this distribution extension should not inhibit conservation efforts for the species.
Primeiro registro de Lonchophylla bokermanni (Chiroptera, Phyllostomidae) para o bioma Caatinga. Lonchophylla bokermanni é conhecida para três localidades na porção sul da cadeia de montanhas da Serra do Espinhaço, com todos os registros no Cerrado de Minas Gerais. Com base em registros recentes provenientes de duas localidades na Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil, registramos a espécie na porção norte da Serra do Espinhaço. Os novos registros ampliam a distribuição da espécie em mais de 840 km, representando o primeiro registro de L. bokermanni para a Caatinga. As novas localidades reportadas estão sob grande pressão antrópica. Assim, a ampliação da distribuição não deve inibir estratégias de conservação para a espécie.