Morcegos (Mammalia, Chiroptera) em refúgios diurnos artificiais na região sudeste do Brasil

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Residências e construções isoladas no interior de áreas de florestas bem conservadas também são utilizadas como refúgio diurno pelos morcegos, o que sugere que construções são atrativas por proverem proteção contra predadores, além de serem ambientes adequados para reprodução e interação social. Neste trabalho é apresentada uma revisão dos dados disponíveis na literatura para o sudeste do Brasil a partir de 2000 e dados não publicados coletados pelos autores entre 2010 e 2013 sobre o uso de construções pelos morcegos. Trinta e um trabalhos publicados foram analisados. Somados aos dados dos autores um total de 42 localidades foram amostradas, e 37 espécies de morcegos foram registradas em construções. Um total de 23 espécies possui dados de coabitação, enquanto 14 não compartilham abrigo com outras espécies. Molossus molossus mostra elevada frequência em construções de áreas antrópicas e trata-se da espécie insetívora mais capturada na Região Sudeste do Brasil e a que mais se refugia em forros. Em outros tipos de construções, a espécie mais frequente em coabitação foi Desmodus rotundus, citada em 16 artigos compartilhando abrigo com nove espécies. Amostragens no interior desses abrigos são importantes por fornecerem dados sobre as interações entre as diferentes espécies. Essas informações poderão contribuir para procedimentos adequados de manejo e para que problemas de saúde pública sejam minimizados.


Bats (Mammalia, Chiroptera) in artificial diurnal roosts in southeastern Brazil. Many bats use isolated houses and buildings within forested areas as daytime shelters. The large use of buildings suggests that these may be attractive for many bat species to provide protection against predators and are suitable for reproductive and social interactions. We present an overview of published (since 2000) and unpublished data (2010–2013) on the use of buildings by bats in southeastern Brazil. Thirty-one published works were analyzed. Together with the authors’ data, we document 42 sites and 37 species of bats recorded to roost in buildings. Twenty-three species share shelters with other species. Molossus molossus was common in constructions of disturbed areas, was the most commonly captured insectivorous species in southeastern Brazil, and the one most frequently found under roofs. In other types of buildings, the most common species was Desmodus rotundus, observed in cohabitation with nine other species. Sampling in these roosts is important for providing data on the interactions between species. Additionally, this information could contribute to optimal management for minimizing public health problems.

El uso de los parques urbanos con vegetación por murciélagos insectívoros en San José, Costa Rica

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Se evaluó el uso de hábitat de murciélagos insectívoros en cinco parques urbanos de San José, Costa Rica. Se realizaron 3 sesiones de monitoreo acústico durante 3 noches, entre las 18:00–19:30 h. Se obtuvieron 457 registros acústicos (402/parques grandes; 44/parques pequeños; 11/controles). Los parques fueron sitios de mayor riqueza y actividad que aquellos sitios carentes de vegetación (controles). No hubo diferencia significativa en el número de especies entre parques pequeños y grandes; sin embargo el uso difirió entre las especies significativamente. Los parques no sustituyen las condiciones de bosques naturales pero son importantes para mantener la diversidad remanente de murciélagos.


Use of vegetated urban parks by insectivorous bats in San José, Costa Rica. We evaluated habitat use of insectivorous bats in five urban parks in San José, Costa Rica. Three sessions of acoustic monitoring were carried out for three nights, between 18:00–19:30 h. A total of 457 recordings (402/large parks, 44/small parks, 11/controls) were obtained. Large parks were sites of greater richness and activity than those lacking vegetation (controls). There was no significant difference in the number of species between small and large parks; however, the park use differed significantly between species. Parks cannot replace natural conditions but are important for maintaining the remaining diversity of bats in urban sites.