Temporal segregation between two armadillo species in the southern Pantanal of Brazil
Jeffrey Mark Esparza, Henrique Villas Boas Concone, Anthony J. Giordano, Fritz HertelThe Pantanal of Brazil is the largest tropical wetland in the world and home to a high diversity of armadillos, with up to six sympatric species in any one location. Among these species are the nine-banded armadillo (Dasypus novemcinctus) and six-banded armadillo (Euphractus sexcinctus), both highly specialized diggers. We investigated how these two armadillos partitioned resources and coexisted by exploring multiple aspects of their ecology, including diel activity through camera trapping, and substrate and microhabitat preference through burrow sampling in forest and grassland habitats. Ultimately, we found no significant differences between the substrate particle sizes in two habitats (forest and grassland). However, because we could not confirm the relationship between burrows and species, the data obtained in the field were not sufficient to determine these correlations. We found a significant difference in activity patterns between the species, with nine-banded armadillos exhibiting greater nocturnal activity and six-banded armadillos exhibiting more diurnal activity. The species overlapped minimally overall in their activity patterns, with the highest amount of overlap occurring at dusk. Our study suggests temporal segregation occurs between these two armadillos and may serve as an ecological strategy to reduce competitive interactions between them. Future studies would benefit from assessing alternative niche axes between or among two or more armadillo species in other ecoregions.
Segregação temporal entre duas espécies de tatus no sul do Pantanal do Brasil. O Pantanal brasileiro é a maior planície alagável do mundo e apresenta alta diversidade de tatus, com seis espécies simpátricas. Dentre estas espécies estão duas de tamanho semelhante, o tatu-galinha (Dasypus novemcinctus) e o tatu-peba (Euphractus sexcinctus), ambos cavadores altamente especializados. Investigamos como essas duas espécies de tatus partilham recursos e coexistem, explorando múltiplos aspectos da ecologia das espécies, incluindo atividade diária com dados de armadilhas fotográficas e preferência de substratos e micro-habitats através da análise de tocas em ambientes de florestas e campos. Em última análise, não encontramos diferença significativa no tamanho das partículas do substrato entre os dois tipos de habitat (florestas e campos). Entretanto, como não conseguimos confirmar a relação entre tocas e espécies, os dados obtidos em campo não foram suficientes para determinar essas correlações. Encontramos diferença significativa nos padrões de atividade entre as duas espécies, com tatus-galinha exibindo mais atividade noturna, enquanto os tatus-peba exibiram mais atividade diurna. As espécies apresentaram um mínimo de sobreposição dos períodos de atividade, com a maior porção desta ocorrendo ao anoitecer. Nosso estudo sugere que a segregação temporal ocorre entre essas duas espécies de tatu e pode servir como uma estratégia ecológica para reduzir interações competitivas entre elas. Estudos futuros se beneficiariam da avaliação de eixos de nicho alternativos entre duas ou mais espécies de tatus em outras ecorregiões.